Camarote? Que nada. No
Carnaval de Zé Puluca o gostoso é percorrer ruas, praças e ladeiras, em um grande encontro familiar.
Recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens e idosos desfrutam da Folia de
Puluca como nos tempos de outrora. Nada de carro de som, nada de carnaval
estilizado o negocio é cultura popular viva. A graça do Carnaval de Zé Puluca não
está na formalidade dos camarotes e áreas VIPS, das pulseirinhas cujas
tonalidades servem apenas para estratificar a alegria e definir com qual vodca
sua caipirosca será batida. É poder misturar uva, leite
condensado e sidra vendida nas barracas de caipifrutas a preço popular. Está na Folia de Puluca é poder ouvir os acordeons dos
trompetes da orquestra de frevo com 50 músicos, nos conduzir a dançar cem vezes a mesma
música, ao som do hino "Vassourinhas" (1909), de Matias da Rocha e
Joana Batista Ramos, sem enjoar. É lindo poder ver a Praça Pedro II lotada de
gente de vários lugares. Tudo dentro da boa convivência, gente linda, de
sorriso fácil. Que a cada ano se entregam ao carnaval que rende
homenagem ao maestro Zé Puluca.