A palavra quilombo é originária do
idioma africano quimbundo, que significa: “sociedade formada por jovens
guerreiros que pertenciam a grupos étnicos desenraizados de suas comunidades”.
O Território Remanescente de
Comunidade Quilombola é uma concretização das conquistas da comunidade afro
descendente no Brasil, fruto das várias e heroicas resistências ao modelo
escravagista e opressor instaurado no Brasil colônia e do reconhecimento dessa
injustiça histórica.
Embora continue presente
perpassando as relações socioculturais da sociedade brasileira, enquanto
sistema, o escravagista vigorou até 1888 e foi responsável pela entrada de mais
de 3,5 milhões de homens e mulheres prisioneiros oriundos do continente
africano – embora haja discrepância entre as estimativas apresentadas, Sérgio
Buarque de Holanda faz uma análise das mesmas considerando este um número
sensato.
Além de oriundos dos antigos
quilombos de escravos refugiados é importante lembrar que muitas das
comunidades foram estabelecidas em terras oriundas de heranças, doações,
pagamentos em troca de serviços prestados ou compra de terras, tanto durante a
vigência do sistema escravocrata quanto após sua abolição.
Aqui em Bom Conselho temos cinco
territórios devidamente reconhecidos pela Fundação Cultural Palmares:
Comunidade Quilombola Angico
Localização: Sítio Angico.
Comunidade Quilombola Angico de
Cima
Localização: Sítio Angico de Cima.
Comunidade Quilombola Macacos
Localização:
Sítio Escorrego.
Comunidade Quilombola Isabel
Localização:
Sítio Lagoa da Pedra.
Comunidade Quilombola Flores
Localização:
Sítio Flores.
Registramos
avanços sociais bastante relevantes em algumas comunidades Quilombolas de Bom Conselho; casas de alvenarias,
cisternas, escolas, cestas básicas entre outros benefícios.
Porém há
setores totalmente desprezados nas comunidades Quilombolas de Bom Conselho; Saúdes,
Formações Profissionais, Gerações de Empregos entre outros.
A CULTURA
infelizmente faz parte do rol da desassistência
pública, levando as Comunidades Quilombolas a descaracteriza-se, pois os
recursos de investimentos na preservação dos costumes e tradições Afro-brasileira,
não contemplam os Remanescentes de Quilombos em canto algum do território
brasileiro.
Associação dos Músicos Amadores
de Bom Conselho – AMABC, que vem abraçando as causas em prol da cultura em
terra de Papa Caça, elaborou um projeto visando resgatar, parte dos acervos culturais ainda existentes nas Comunidades Remanescentes de Quilombo em Bom Conselho.
“Não disponhamos de recursos
financeiros e nem apoio dos poderes públicos, mais temos algo bem valioso, a
vontade de ajudar, através do nosso olhar vamos dar um tom cultural nas Comunidades
Quilombolas de Bom Conselho, até porque já iniciamos as primeiras ações”. A juíza
Carlos Alberto.
Em breve, estaremos
publicando os feitos das nossas ações, em prol dos Quilombolas bomconselhenses.
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