Que bons tempos aqueles já
tão distantes. Aqueles grupos de famílias sentados à beira das avenidas
acompanhando os corsos no vai e vêm tão alegres, com as serpentinas e os
confetes coloridos atirados por todos os cantos. Os lança-perfumes quando
usados apropriadamente. Os bailes de salão são os que mais sentimos saudades,
pois tínhamos nosso grupo de amigos e todos os anos iam aos mesmos bailes. Nos
carnavais de antigamente realmente eram diferentes dos atuais, mais simples e
sem o luxo de hoje. O povo daquela época, usava qualquer coisa como fantasia:
uma máscara, um chapéu, um vestido de mulher, um sapato de salto alto
extravagante e usávamos toda nossa energia para extravasar ao máximo nossa
imaginação prazenteira, aqueles quatro dias eram fantásticos, pois começava no
sábado e ia até a Terça-feira Gorda, e as músicas carnavalescas mais tristes
que se ouviam, isso já pelas quatro horas da madrugada da terça feira, eram
aquelas que diziam: “Ai... ai... ai! Tá chegando a hora, o dia já vem chegando
e eu tenho que ir embora”. “É de fazer chorar, quando o dia amanhece eu vejo o
frevo acabar, oh quarta feira ingrata chega tão depressa, só para contrariar”.
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