Em
Pernambuco, os grupos de Maracatu e de Cavalo Marinho estão em festa. Eles
foram reconhecidos como patrimônio imaterial do país.
Personagens
do Maracatu e do Cavalo Marinho se juntaram para comemorar o título de
Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. É o reconhecimento da importância
destas manifestações culturais para a identidade e história do povo de
Pernambuco e, agora, também de todos os brasileiros. “É o reconhecimento do
estado brasileiro, do Brasil, no sentido de que estas manifestações são
importantes serem preservadas”, afirma o secretário de Cultura de Pernambuco,
Marcelo Canuto.
O
Cavalo Marinho faz parte do ciclo natalino. É a festa pelo nascimento do Menino
Jesus e a chegada dos Reis Magos. Existem 12 grupos em Pernambuco que enfrentam
muitas dificuldades. As apresentações são escassas. “Espero que o órgão público
dê mais atenção para gente, para gente não depender só de uma apresentação
durante o ano ou até duas, depender de mais trabalho para gente e todos os
Cavalos Marinhos de Pernambuco”, diz José Grimário da Silva, representante dos
grupos de Cavalos Marinhos.
Os
maracatus são mais numerosos e têm origens diferentes. São 115 grupos de Baque
Solto, ou Maracatu Rural. O personagem mais imponente é o Caboclo de Lança. A
dança vigorosa e os versos improvisados remetem ao jeito dos canavieiros
brincar o carnaval.
Já
o Maracatu de Baque Virado, ou Maracatu Nação, surgiu nas senzalas e traz uma
corte para representar a coroação dos reis negros. São 26 grupos que mantêm
viva esta tradição em Pernambuco.
“Vai
proporcionar um maior respeito, uma maior divulgação às nações do Maracatu,
principalmente aquelas que se encontram com dificuldades de colocar os
brincantes na rua para poder facilitar a confecção das suas fantasias, os seus
adereços”, diz Fábio de Souza Sotero, presidente da Associação dos Maracatus
Nação de Pernambuco
Os
maracatus festejam o reconhecimento em um momento simbólico. O grupo mais
antigo em atividade, o Cambindinha de Araçoiaba, está completando 100 anos.
Para eles, o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil é mais do que
uma esperança. É a garantia de que terão apoio e a proteção que precisam para
atravessar os próximos séculos.
“Agora
a gente tem que se qualificar para poder cobrar e, assim, preservar. Porque
este título vai ajudar na preservação dessa cultura que é a cultura do Baque
Solto”, afirma Manoel Salustiano Soares Filho, presidente da Associação dos
Maracatus de Baque Solto de Pernambuco.
Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/12/maracatu-e-cavalo-marinho-viram-patrimonio-imaterial-do-brasil.html
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