Hoje nossa saudade nos fez lembrar
o dia 23 de julho de 2014, quando os meios de imprensa anunciavam o falecimento
do nosso saudoso Patrono Ariano Suassuna. O paraibano de alma pernambucana, que
dedicou sua vida a cultura nativista nordestina. Um homem erudito que não sentia
vergonha de falar oxente. Nosso general das forças culturais do nordeste
brasileiro, sempre encorajou o povo nordestino, através da sua dramatologia literária,
transformando homens simples em mestres eruditos na arte popular.
Ariano Suassuna
em vida, mostrou que a vida do homem pobre do campo também tem seus encantos.
Nossa humilde entidade cultural teve por designo de Deus o privilegio de
agraciar o Título de Sócio Benemérito a sua ilustre pessoa. (sua última comenda).
Também chegou a tocar o Hino do Carnaval de Zé Puluca (o último frevo
pernambucano ouvido). Seu último registro ao lado de um Boneco Gigante, foi com
o do maestro Zé Puluca. O último registro segurando uma lábaro de uma cidade,
foi com a bandeira de Bom Conselho. E antes da sua partida, agradeceu, e se sentiu prestigiado em poder ser o Patrono
do Carnaval de Zé Puluca. Um projeto que nasceu do desejo de defender e
valorizar a cultura nativista de Bom Conselho.
“Oh Ariano, meu Dom Quixote do
nordeste brasileiro, obrigado por prestigiar nosso humilde trabalho. Que uma
vez por ano, sai nas ruas de Papacaça, arrastando uma multidão de foliões, e
numa mistura de canto, sorriso e lágrimas, testemunhamos nossos bonecos
gigantes a se levantarem ao som das belas canções do mestre Capiba. Dizendo bem alto que a injustiça dói, nós somos
madeira de lei que cupim não roí. E quando o invejoso busca defeitos e
criticas diante do nosso humilde trabalho. Respiramos forte, chegamo a estufar o peito.
E bem alto, proclamamos. Queiram ou não
queiram os juízes o nosso bloco é de fato campeão”.
Obrigado Ariano Suassuna, por
fazer parte das nossas vidas e da nossa história!
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