Quando o assunto é carnaval cultural, podemos afirmar que Bom Conselho vivencia um novo momento em sua história. Com a falência dos saudosos festejos momesco de Papacaça, a terra de Pedro de Lara passou a conviver apenas com o saudosismo. Tempos dos saudosos blocos de rua, das maratonas carnavalescas, do mela-mela e dos grandes festejos no clube dos 30.
Nos anos
90 os novos ritmos foram surgindo, e aos poucos a criatividade popular foram substituídas
pelo bloco de axé-music, trazendo para o cenário da época uma ideia de modernidade
cultural. Durante essa pequena dinastia, a palavra de ordem era GANHAR
DINHEIRO. Com abadas que chegavam à custar um salário mínimo. Surgiam bandas diariamente,
com suas musicas provocantes e sensuais. Um forte golpe para a cultura
tradicionalista. Foi nesse momento que alguns políticos passaram a introduzir como
ações de governo as famosas MICARETAS. Usando o dinheiro público para promover
sua imagem diante dos eleitores de sua cidade. Verdadeiras fortunas foram
gastas. Deixando de investir na cultura de raízes: Maracatu, Reisados,
Pastoris, Frevo, Embolada, Samba de Coco, arte circense, arte cênica, entre
outros. Que até nos dias de hoje ainda sofrem por falta de estrutura e
investimentos.
Como
aventamos em linhas anteriores, a dinastia do axé-music FALIU, e com ela
a sua industria de subcultura. Que além de ter promovido uma gastança faraônica
aos cofres públicos. Por muito pouco não extinguiu a verdadeira identidade
cultural do nosso povo. Bom Conselho que já foi reconhecida por promover
grandes carnavais. Volta a sonhar em realizar grandes eventos culturais
carnavalescos. Vendo despontar o Carnaval de Zé Puluca, e com ele a resistência
da valorização da cultura popular de Papacaça. Onde celebra através dos seus
bonecos gigantes, justas homenagens a memória artística do Maestro José Duarte
Tenório, nosso saudoso maestro Zé Puluca e seus ilustres homenageados.
Viva o
maestro Zé Puluca, e seus saudosos carnavais!!!
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