Houve
uma
época que os tecidos de chitas expressavam a rica cultura junina
nordestina, despertando a elegância da mulher sertaneja nas comemorações
dos Festejos dos Santos Juninos. Tempos que se ouviam poesias em ritmos
de música – “... Meu coração só pede o teu amor / Se não
me deres posso até morrer”. Assim se ouvia os acordes armorial da
cultura
musicista nordestina, que tanto Ariano Suassuna lutou e defendeu.
Quem
não se lembra da presença marcante de Dominguinhos com Basto Peroba no
Palco
do ForróBom. Onde os olhares apaixonados se encontravam quando
Dominguinhos cantava e tocava – “... Eu só quero um amor / Que
acabe o meu sofrer / Um xodó pra mim do meu jeito assim / Que alegre o meu
viver”. Tempos marcantes que não voltam mais. Por falta de memória e de valorização aos
artistas da terra, assistimos de camarote o legado de Dominguinhos, filho
natural de Bom Conselho, ser registrado em Garanhuns. O que além de ser muito
triste para a nossa cultura, nos rotula como um povo que nada tem e que nada
valoriza. Pensando nisso, assim como foi criado os movimentos "Viva Cazuza e Viva Dominguinhos", Carlos Alberto, defende a criação do Festival Viva Basto
Peroba. a ser realizado anualmente no mês de setembro. Uma justa homenagem em vida, ao nosso maior sanfoneiro bonconselhense na atualidade. Tornando-se
o festejo de Bom Conselho, um encontro de sanfoneiros, cantores e interpretes do genuíno forró-pé-de-serra.
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