Por: Carlos Alberto
Quando
inicie a criação do
Carnaval de Zé Puluca tomei como base a linda história do menino de
origem
humilde que sonhava ser músico. Seu pai o chamava carinhosamente de
Puluca. Os
tempos eram bem diferentes dos dias de hoje. Tudo era bastante difícil.
Não
existia tecnologia avançada, e quando havia nem em sonho se imaginava
uma
pacata Cidade Interiorana de uma região que nasceu descriminada pelos
próprios
colonizadores, a ter acesso a tal ciência. Mesmo diante das diversidades
de tempos magros, não tirou o desejo do garoto José Duarte em ser
músico. Esperto como
uma águia. Puluca que não perdia uma única oportunidade. Aprendeu
sozinho a
tocar piano de garrafa, em uma de suas idas ao circo. Apoiado pelo
criador
divino deu continuidade de sua paixão pela música erudita. Concedendo a
Bom
Conselho seus eternos clássicos musicais. Mais o que dizer de uma terra
colonizada por coronéis, sem envolvimento as belas artes dos seus
tempos. Onde
o poder e o dinheiro eram e continuam sendo a maior obcessão dos humanos
gananciosos. Mais para o pequeno Puluca, Bom Conselho era digna de obter
conhecimentos das belas artes. Vaidoso, e sempre bem apresentado.
Fazia questão de andar de terno e gravata. Pois entendia que o traje era
uma
importante ferramenta visual, que separava sempre os homens dos homens. O
tempo
foi passando e com ele veio cada vez mais o aprendizado. Em pouco tempo
seus
acordens já encantavam toda sociedade Bonconselhense. Formaturas,
bailes,
festas, batizados, aniversários e homenagens, tinha que ter Zé Puluca a
frente.
A finança nunca foi seu forte, tanto é verdade que em sua despedida da
vida
terrena, não deixou fortunas. Pois sua maior riqueza foi e sempre será o
amor
pela música. Quantos ricos já morreram, e já nem são mais lembrados,
mesmo
diante de suas inúmeras riquezas. Que digam o senhor tempo rsss! Hoje já se passaram 15 anos
de sua partida para o andar de cima. E mesmo com o vazio de sua sentida
ausência, Puluca vive ainda mais vivo, graças à folia que teimosamente reuni
anualmente seus conterrâneos. Conduzindo-lhes ao incrível reino dos Bonecos
Gigantes, com chuvas e tempestades de confetes e serpentinas de ouro. Cuja sua
denominação é um Tributo a sua memória. Pois o Homem por mais simples que seja,
já mais morrerá em quanto for lembrado!
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