Em nova oportunidade a folia que faz homenagem à memória artística do
saudoso maestro Zé Duarte Tenório, o Zé Puluca. Ganha o principal rosto do Jorna
Agazeta, na Edição nº 475, com a seguinte chamada. “O CARNAVAL DE ZÉ PULUCA JÁ É
DO POVO”. E claro é! Sempre foi! E sempre será! O que adiantaria uma agremiação
pré-carnavalesca com vários bonecos gigantes, estandartes, passistas,
orquestras e dragão, sem o povo? Como idealizador convivo em dois mundos ao
mesmo tempo, quando o assunto é Carnaval de Puluca. E explico: Vivo entre a
alegria e a preocupação. Se de um lado carrego a alegria em saber que o projeto
de resgate, preservação, valorização e difusão vai indo muito bem. Do outro
lado tenho a responsabilidade de conduzir essa linda jornada cultural a caminhos
imagináveis. E quando digo imagináveis, me refiro a portas jamais alcançadas
por uma entidade cultural carnavalesca de nossa cidade. Assim como todo criador,
claro que tenho muito orgulho em ver o crescimento da minha cria. Mas vale ressaltar. Não é fácil! Todos os anos
as pessoas que passaram a admirar o Carnaval de Puluca, ficam na espera da
chegada de mais uma edição. Fantasias e abadas são os principais mantos dessa
alegria a serem estampados por trás de cada sorriso dos nossos foliões. As
nossas crianças são as mais empolgadas diante do dragão Drek e dos gigantes do lindo
Reino de Momo de Puluca. Depois que a folia está na rua arrastando uma
verdadeira multidão de pessoas de varias idades. Claro que parece ser fácil! Mais
por trás dessa linda magia, existe um mar de dificuldades e muitas
responsabilidades em jogo. Afinal, estamos falando de um público seleto de
pessoas admiradoras da cultura popular carnavalesca. É preciso entender que
jamais haverá gloria sem sacrifícios. Que tal a gente revisitar um pouco dos
dourados tempos do carnaval fora de época em Bom Conselho? Quem não se lembra
dos Blocos Overdose e Pintado o Sete? Que ano a ano, travavam uma verdadeira
batalha de quem era o melhor! Mais cadê mesmo o Overdose e Pintado o Sete? Quer
saber da verdade. Nem o maior buscador do mundo (Google), a gente acha informações
sobre os dourados blocos do carnaval fora de época de Bom Conselho! O que é uma
pena! Que não se lembra de João Cego, o mestre zabumbeiro com sua frenética percussão? Alguém fala
em homenageá-lo? Que tal Zé Boca de Porco, mestre na arte
do clarinete e requinta. Alguém se habilita em prestar honrarias em prol da sua memoria? Agora imagine pegar esses ilustres artistas, que hoje apenas
vivem nas doces recordações de poucos amigos e familiares. E transformar suas
imagens em alusões carnavalescas, na forma de bonecos gigantes, para saudar a chegada do
carnaval de Bom Conselho. É amigos, não é fácil. Principalmente quando o assunto é custear as despesas de criação, e ainda por cima sem ter apoio de nem um tipo de fundo de incentivo cultural!
Segue o Carnaval de Zé Puluca!!!
Segue o Carnaval de Zé Puluca!!!
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