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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Para sempre Zé Puluca...


Por: Carlos Alberto

Quando inicie a criação do Carnaval de Zé Puluca tomei como base a linda história do menino de origem humilde que sonhava ser músico. Seu pai o chamava carinhosamente de Puluca. Os tempos eram bem diferentes dos dias de hoje. Tudo era bastante difícil. Não existia tecnologia avançada, e quando havia nem em sonho se imaginava uma pacata Cidade Interiorana de uma região que nasceu descriminada pelos próprios colonizadores, a ter acesso a tal ciência. Mesmo diante das diversidades de tempos magros, não tirou o desejo do garoto José Duarte em ser músico. Esperto como uma águia. Puluca que não perdia uma única oportunidade. Aprendeu sozinho a tocar piano de garrafa, em uma de suas idas ao circo. Apoiado pelo criador divino deu continuidade de sua paixão pela música erudita. Concedendo a Bom Conselho seus eternos clássicos musicais. Mais o que dizer de uma terra colonizada por coronéis, sem envolvimento as belas artes dos seus tempos. Onde o poder e o dinheiro eram e continuam sendo a maior obcessão dos humanos gananciosos. Mais para o pequeno Puluca, Bom Conselho era digna de obter conhecimentos das belas artes. Vaidoso, e sempre bem apresentado. Fazia questão de andar de terno e gravata. Pois entendia que o traje era uma importante ferramenta visual, que separava sempre os homens dos homens. O tempo foi passando e com ele veio cada vez mais o aprendizado. Em pouco tempo seus acordens já encantavam toda sociedade Bonconselhense. Formaturas, bailes, festas, batizados, aniversários e homenagens, tinha que ter Zé Puluca a frente. A finança nunca foi seu forte, tanto é verdade que em sua despedida da vida terrena, não deixou fortunas. Pois sua maior riqueza foi e sempre será o amor pela música. Quantos ricos já morreram, e já nem são mais lembrados, mesmo diante de suas inúmeras riquezas. Que digam o senhor tempo rsss! Hoje já se passaram 15 anos de sua partida para o andar de cima. E mesmo com o vazio de sua sentida ausência, Puluca vive ainda mais vivo, graças à folia que teimosamente reuni anualmente seus conterrâneos. Conduzindo-lhes ao incrível reino dos Bonecos Gigantes, com chuvas e tempestades de confetes e serpentinas de ouro. Cuja sua denominação é um Tributo a sua memória. Pois o Homem por mais simples que seja, já mais morrerá em quanto for lembrado!

Viva Zé Puluca, e seus eternos carnavais!    

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